Apesar do cenário político ainda incerto, a cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre os dividendos pagos por empresas listadas na Bolsa tem aparecido de maneira recorrente entre os candidatos à Presidência, independentemente da matriz ideológica e partidária. Embora ainda não haja uma proposta concreta de quanto e como funcionaria a tributação sobre o lucro distribuído ao acionista, especialistas do mercado apontam que a medida poderia chacoalhar o preço das ações e impor mais obstáculos para se aplicar em renda variável – sobretudo para o pequeno investidor.
Hoje, as empresas, tanto abertas quanto fechadas, pagam uma alíquota de 34% sobre seus lucros. Depois da tributação, os dividendos são distribuídos aos seus acionistas e sócios, que não precisam pagar Imposto de Renda (IR) sobre esses ganhos, para não haver a bitributação. Não são todas as empresas da Bolsa que distribuem dividendos, pois para isso é preciso ter lucro; mas, por lei, elas são obrigadas a repassar 25% aos acionistas. Esses papéis, principalmente de bancos, chamam atenção, pois os ganhos funcionam como um espécie de renda líquida ao acionista.
Fonte: Estadão