O número de obrigações perante o Governo Federal ao qual as empresas brasileiras estão sujeitas é enorme. Por conta disso, os
profissionais de contabilidade bem como os empresários em geral, devem ficar atentos às demandas existentes. Atrasar uma delas
pode significar recair em multas e pagamentos de taxas extras que vão resultar em despesas desnecessárias no caixa da sua
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empresa.Algumas dessas obrigações costumam ter relação entre si. É o caso, por exemplo, da relação entre a DIRF e o eSocial.
O que esperar desse guia?
Ambos são dois documentos essenciais e cuja ausência na declaração pode acarretar em uma série de problemas para o
empresário. Nesse artigo falaremos sobre a importância de cada um deles e por quais razões eles são, de certa forma,
complementares.
O que é a DIRF?
DIRF nada mais é do que uma sigla para Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte. Esse é um documento que deve ser
entregue sempre até o último dia útil do mês de fevereiro, tendo como referência os dados do ano anterior (ano-base). Por
exemplo, em 28 de fevereiro de 2018 extingue-se o prazo para entrega dos dados referentes ao ano-base de 2017.
Por meio da DIRF, as pessoas jurídicas declaram os pagamentos, as contribuições e as remessas de dinheiro feitas a outras pessoas,
sejam elas físicas ou jurídicas. Dessa forma, a Receita Federal fica ciente sobre as informações de retenção de impostos, distribuição
de lucros ou remessas de recursos para o exterior.
Para que serve o eSocial?
O eSocial veio para simplificar a vida dos profissionais de Contabilidade. Graças ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) foi
possível sintetizar as informações em um só sistema. Em outras palavras, o eSocial seria uma versão do SPED para a área trabalhista,
englobando as informações acessóriasenviadas por meio de declarações como CAGED, RAIS, GFIP e DIRF.
Contudo, essa substituição não deve ocorrer de forma imediata – em verdade, trata-se de um processo que ainda está em
andamento e que não tem data para acabar. Por conta disso, especialmente nesse momento, é importante redobrar a atenção:
algumas declarações estão mudando de formato, de maneira que todos os anos têm aparecido algumas novidades.
Evento S1300: a substituição da DIRF
Sim, você não leu errado. A DIRF, em um futuro não muito distante, deve deixar de existir da forma como a conhecemos.
Isso porque o layout de implantação do eSocial prevê algo chamado de “Evento S1300”. Ele nada mais é do que uma aba de
“Pagamentos diversos” que agrega todas as informações presentes da DIRF.
Isso significa, portanto, que se a empresa passar a informar mensalmente por meio do eSocial os pagamentos realizados que
tenham algum tipo de retenção de Imposto de Renda ou de outros impostos (como PIS, COFINS e CSLL), no ano base seguinte a
companhia estará desobrigada a enviar a DIRF. A medida visa evitar o envio em duplicidade das informações.
Porém, é importante deixar claro que oficialmente isso ainda não está em vigor. Isso porque ainda não há uma legislação vigente
eliminando a DIRF sob nenhuma circunstância. Todavia, as transformações pelas quais o eSocial tem passado nos últimosanos dá
indícios de que esse movimento deve acontecer a qualquer momento, sendo praticamente uma questão de tempo.
Enquanto isso, portanto, fique atento tanto às normais atuais quanto às publicações regulares da Receita Federal por meio do Diário
Oficial. A medida para facilitar a vida de todos está a caminho, mas ainda não há uma data prevista de quando ela vai
definitivamente começar a valer.
Fonte: Sage (29/01/2018).