Banco aumenta limite do financiamento de R$ 15 mil para R$ 20 mil. Programa de incentivo ao pequeno empreendedor passa a ser um produto permanente
De olho na expansão dos pequenos empresários, o BNDES transformou o programa de financiamento ao microempreendedor em produto permanente. O banco ampliou o limite do microcrédito de R$ 15 mil para R$20 mil. Em 2013, foram feitos cerca de 228 mil operações em um total de R$ 717 milhões em empréstimo.
O financiamento é liberado por meio das operadoras de crédito, que recebem recursos do banco e concedem os financiamentos aos interessados. São cobradas a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que atualmente é de 5%, e mais 1% ao ano. Antes das mudanças, eram a TJLP mais 0,9% ao ano. O prazo de pagamento é negociado com as instituições, mas gira em torno de 48 meses.
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“O programa se tornou produto para atender a demanda crescente, que é a procura por microcrédito. Por isso aumentamos o limite de financiamento”, explicou o gerente do Departamento de Economia Solidária do BNDES, Paulo Roberto Monteiro.
O microcrédito deve ser uma ajuda ao empresário em último caso, como aconselha Hugo Matos, 34 anos, que inaugurou em abril, com recursos próprios, a loja Cachorro Quente da Tia, na Taquara, em Jacarepaguá, Zona Oeste. “Eu consegui abrir a loja com o meu dinheiro, mas não descarto recorrer ao empréstimo, já que pretendo ter mais quatro lojas”, projetou o empresário, que mantêm o quiosque criado pelos pais, onde tudo começou.
Os recursos são destinados para despesas corriqueiras (como pagar fornecedores), investimentos como obras, compra de máquinas e equipamentos, novos ou usados, e aquisição de materiais. Para obter recursos do BNDES, é preciso ser pessoas física ou jurídica que obtenham receita bruta de até R$ 360 mil anuais.
“Para este ano, a gente tem a expectativa que haja R$ 90 milhões em contratações do microcrédito”, estimou Monteiro, informando que em 18 anos, só foram registrados cinco casos de inadimplência. De acordo com o banco, as instituições de microcrédito já operaram cerca de R$ 2,3 bilhões.
Recurso para quem não tinha acesso
Outro setor que cresce é o de crédito orientado para quem está na informalidade. No Santander, por exemplo, a oferta é acompanhada de orientação.
“Queremos promover a formalidade com dicas de como gerir o negócio”, disse o superintendente de microcrédito do Santander, Gerônimo Ramos.
Até R$ 15 mil, a taxa mensal varia de 2% a 2,5%, com prazo de 24 meses. Financiamentos com teto de R$ 60 mil, possuem taxa mensal de 3,5% e têm até 24 meses para pagar.
Fonte: O Dia / 30.06